sábado, 21 de setembro de 2013

Ventura Cinematográfica

O Grande Gatsby - Baz Luhrmann



É evidente que ao assistirmos um filme baseado em um livro, retomamos aquela velha imaginação que criamos para a história deste. O fato de “O Grande Gatsby” ser um clássico da literatura norte americana não alterou esse fenômeno. O filme por sua vez é constituído como uma grande experiência visual, por conta da efervescência da década de 1920 – muito bem retratada por F. Scott Fitzgerald– há um grande enfoque na velocidade da obra, em algumas partes, principalmente no começo, o filme é entremeado de pequenas cenas, pedaços rápidos de imagens simbólicas e polissêmicas, quase um trailer ou um clipe musical. Entretanto em seu desenvolvimento, o tempo se estende, e a câmera tende a diminuir a velocidade, atendo-se a pequenos detalhes de cenário ou atuação.

Além disso, uma explosão de recursos visuais é criada para expor ao público a obra de Fitzgerald. Assim a mansão de Gatsby (Leonardo DiCaprio,  vizinho de Nick (Tobey Maguire),  possui  uma imensidão de janelas luminosas, portas imponentes e tantos outros efeitos gráficos. A direção de Baz Luhrmann é competente e estranha – o que já era de se esperar, pelo recorrente exagero, tão presente em sua obra -  estranha, mas não do tipo esquisito, apenas alternativo. É uma quebra parcial do esperado para um filme comercial, uma desconstrução formal no processo de assistir à obra. 
Um grande destaque pela mídia foi a trilha sonora recheada de grandes artistas de muito reconhecimento, mas não entrarei aqui neste âmbito, não julgarei qualidade ou “desqualidade” musical, só posso afirmar que algumas se encaixam exatamente com o momento da história, outras destoram-se visivelmente do esperado para a cena.
Por ser uma mega produção hollywoodiana, era evidente que se encaixaria em uma categoria superior a leva de tantos outros filmes, no entanto possui alguns atributos pessoais que  acrescentam corpo e autonomia para a posição da obra. Uma experiência visual diferente e ao mesmo tempo interessante.



Gustavo Minho

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