Cachorro que estava em situação alarmante e se recuperou após cuidados.
Quem teve a iniciativa de criar o projeto foi um casal que veio dos Estados Unidos. Francisco Temer e Raquel Temer perceberam o grande número de animais abandonados que existia em Rolândia e resolveram convidar simpatizantes de animais, para uma reunião no centro cultural da cidade. Foi desta reunião em diante que o projeto aos poucos ia se concretizando. O casal retornou aos EUA tempos depois deixando vários voluntários ativos na cidade.Além da função de presidente da associação Regina atua profissionalmente como bancária e participa do projeto até hoje devido ao amor que sente pelos animais, “Cada animal salvo por nós é uma realização pessoal e divina, sinto-me guiada por Deus para cumprir essa missão e vejo meus companheiros da mesma maneira” afirma Regina. Um caso que marcou muito a vida da voluntaria foi a história de um cachorrinho bem pequeno que sofreu maus tratos, o animal viveu durante dez dias preso em uma casinha sem luz,o dono do bicho abria a casinha e dava ao cão água, comida e posteriormente uma surra. Horrorizada com o fato Regina, foi resgatar o animal e acabou trazendo junto, outro cachorroque estava com ele. O cão foi batizado com o nome de Bate-Volta, pois ficou tão grato pela iniciativa da cuidadora, que cada vez que ela tentava doá-lo ele voltava e fugia do novo dono ele ficou com a mulher até morrer. Apesar de se sentir muito feliz com o que faz e saber que o mais importante é salvar o animal, doá-lo e vê-lo feliz, Regina confessa que se sente entristecida com a atitude de algumas pessoas que cobram da associação certas ações, como se a ONG fosse obrigada a prestar , todo e qualquer tipo de situação.Isso acontece devido a pessoas desinformadas que não entendem, de fato o objetivo da AMAR“Pessoas entram em contato com o rádio e a TV nos criticando, bombeiros ligando para casa de voluntários cobrando assistência, que seria a obrigação deles pois a lei diz que este dever é um dever do Estado, está na Constituição Federal, nós já sofremos até ameaças”, relata.
Por fim ela diz que se sente Revoltada quando vê do que o ser humano é capaz de fazer com os animais: abandonos, agredir os animais até a morte, atropelar e não dar assistência e a falta de conscientização das pessoas em deixarem os bichos se reproduzirem constantemente sem adotar os devidos cuidados e depois jogar os mesmos nas ruas da cidade.A solução para ela seria existir na grade curricular das crianças o conhecimento sobre o abandono dos animais, explicando os cuidados que devem ser prestados a eles.Em meio a vários voluntários que existem na a associação , conversei com um homem que faz parte da equipe a dois anos.Jorge Luis Dantas além de voluntário atua como policial militar , na cidade de Rolândia a cerca de 22 anos e soube da existência do projeto através de um amigo, quis conhecer aos poucos como tudo funcionava e por fim se tornou um defensor da causa animal.Antes mesmo de participar do projeto Jorge explica que, quando encontrava animais em situação de risco andando pelas ruas , tentava de alguma forma ajudar o bichinho, pois sente grande afeto pelos mesmos.Neste tempo em que freqüenta a associação já presenciou muitos casos de maus tratos e um caso em especial o marcou muito, ” durante um dia de trabalho encontrei uma cadelinha abandonada, com a boca cheia de espinhos de ouriços, ela estava fraca, debilitada e muito sujo e talvez não suportaria um dia, eu a resgatei e após isso ela foi internada numa clinica e se recuperou , tempos depois consegui um lar para ela”relatou Jorge.Mas ele conta que nem sempre é fácil conseguir pessoas interessadas em adotar cachorros e cadelas já adultos, e enquanto a adoção não acontece ele abriga os bichinhos em sua própria residência , atualmente ele tem um total de quinze cachorros abrigados em sua casa.
Em relação aos pontos negativos de ser um voluntário Jorge, alega ter muito preconceito por parte de algumas pessoas, que acreditam que a vida de um animal vale menos que a de um homem e, portanto seria perca de tempo salva-los dos maus tratos o que obviamente é uma inverdade, pois segundo o voluntário cabe ao homem oferecer os cuidados necessários aos animais, pois eles também todo o direito de viver com saúde e dignidade. Por fim ele conta que o fato de ser um defensor da causa animal faz dele uma pessoa melhor, o ato de praticar essas ações faz ele se sentir muito bem e sempre que pode busca acrescentar mais idéias para o projeto.
Postado por: Nayara Caroline
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