O desejo do reconhecimento é uma
característica intrínseca ao comportamento humano – podemos dizer até, em
medidas mais amplas, animalesco, afinal quantos cães e gatos não exibem suas
presas a seus donos? Hodiernamente, a busca por notabilidade, contudo, é
imediatista, de caráter esférico e pende-se ao geral.
Devemos, no introito desta tese,
elucidar as diferenciações entre notoriedade e repercussão; o primeiro trata-se
da reputação resultante do talento ou mérito. O segundo,
entretanto, retrata o efeito de repercutir, reproduzir e dispersar. Concluímos
que enquanto um indica uma aptidão, com históricos de proezas; o outro
pressupõe atos coincidentemente divulgados, ou ações iméritas e imorais
transmitidas ao público.
Um último
conhecimento necessário para compreensão textual apropriada são os meios para,
enfim, galgar nos ébrios da fama. A internet constrói devidamente a estrutura
impulsionadora para um reconhecimento (neoimprensa?!) também, possui auxílio de
outras invenções contemporâneas e da consciência tecnológica do século z, esses
anos ansiosos.
É
comum nesta geração a necessidade por renome mais pulsante que o passado.
Notamos, então, a relativa facilidade em subir aqueles poucos degraus antes do
palco, a certa velocidade – e de tão
rápida soa efêmera – para correr sem pudor para debaixo daquela luz amarela e
amargamente oscilante.
Questionamos,
agora, quantos desses jovens pupilos da mídia, aspirantes a celebridade,
seguraram firme o lápis? Ergueram alto suas opiniões? Agarraram forte o papel?
Quantas são mais que belos olhos? Dúvidas que encaram o embate entre
notoriedade e repercussão, e demonstram de maneira afirmativa (objetiva) tanta
variação daquele holofote.
Gustavo Minho
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