domingo, 15 de setembro de 2013

“As reminiscências do tempo perdido”


Uma vez me disseram que a vida era constituída por pedaços, pequenos pedaços. Mas eu não acho que isso seja verdade, acredito que a vida seja contínua, linear. Não que partes do passado não possam construir o futuro, porém não o determinam diretamente. Não há possibilidades para retornar. O que está feito, feito, e o que não, não feito. Simples lógica vital. Não bastasse isso, o cotidiano, apesar de tentar permanecer em algo como um igual todos os dias, não é capaz de conter as mudanças inesperadas que insistem em romper com planejamentos há tanto tempo previstos. Desta forma, auxiliando a moldar uma nova realidade de vida para o individuo. Não há como se desligar em alguns momentos de sua vida, nem mesmo se tornar algo completamente diferença sem uma transição. Não há partes ou pedaços, apenas uma reta bem longa e distante, pelo menos para os mais afortunados. A fotógrafa Ana Carolina retrata na exposição “Identidade” essa trajetória. Nessa obra somos expostos a linhas mais profundas do tempo, ao peso do relógio e ao saudosismo do ontem. Em suas fotos, Ana recompõe a ambientação de antigas fotografias, mesmas roupas e cenários, algumas delas chegam a datar mais de 60 anos. 









 

Gustavo Minho

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