sábado, 31 de agosto de 2013

Educação para todos



O indígena, se mostrando cada vez mais presente na educação superior.

A educação superior é direito de todos. Em 2002 foi realizado o primeiro vestibular indígenas para universidades públicas, essa iniciativa deu-se através de discussões feitas pelos integrantes da  Comissão Interinstitucional Para Educação Superior Indígena (Ciesi),onde os mesmos perceberam que as cotas nas universidades não atendiam as demandas das comunidades indígenas e pediram a criação de vestibulares diferenciado para atender a todos.
A partir desta lei, muitas portas se abriram. Um exemplo no paraná e a CUIA, comissão que trabalha na Uel (Universidade Estadual de Londrina), que tem como objetivo promover o vestibular indígena e além disso, acompanhar o indígena na sua formação. “O índio, recebe uma bolsa do estado, para manter a sua família, na tribo onde mora, e para se manter na universidade.” Diz Beth, assistente social da Uel.
Hoje em dia, após 12 anos da presença do indígena na educação superior, existem 36 escolas voltadas para o indígena, onde a lei exige que o material ulitizado seja especifico para cada tribo, interpretado com a língua de origem. O ultimo senso indicou mais de 300 grupos étnicos no Brasil. Falam cerca de 180 linguas diferentes. Destes, “Nota-se que o interesse pela universidade e a escola, aumenta, querem fazer parte destas instituições, mesmo com muitas barreiras enfrentadas, só na Uel, temos a presença de 33 academicos indígenas e 28 já formados, mostrando como essa lei teve um ótimo resultado para e inclusão social e a educação.” Comenta o professor Cleber.
Iderson da silva, da tribo pinheirinho, diz a respeito do ingresso a faculdade, que hoje está no ultimo ano de Ed. Física, trabalhando como professor em uma escolinha próximo de onde  reside. “Sempre tive vontade de estudar, mas não tinha muitas oportunidades, até que fiquei sabendo da bolsa oferecida pelo estado e fui atrás, fiz dois anos de Jornalismo, vi que não era para mim e parti em busca de outro curso. A prova não se diferencia muito do vestibular padrão, apenas diferencia alguns enunciados, de acordo com a nossa realidade, fala sobre plantações, coisas de índio. Tive sorte, pois ao contrário de meus amigos indígenas, não sofri nenhum tipo de preconceito, porém, não tenho contato com a minha família de antes, construí uma em Londrina, estou no meu segundo casamento, muito feliz, graças a Deus, com a minha mulher e meus filhos. Posso dizer, por experiência própria, o indígena tem espaço na educação, aproveitem e corram atrás de um futuro melhor", conclui.
Por: Larissa Mariano

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