quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Contexto

O sentido das palavras



O tempo todo é um estranho e completo desentendido, uma comédia opaca de simples palavras e sentidos complexos, uma farsa indestrutível de fios invisíveis e rumores permanentes. Somos poucos, somos escassos, e somos todos iguais. Perdidos em uma confusão austera e obscura na esperança de ter se libertado, de se livrar da venda. No entanto, não existe venda, apenas discos televisivos posicionados em nossos globos oculares para vermos o mundo da perspectiva real, o real imposto. Somos poucos, somos escassos, somos ingênuos. Tolos incontáveis, iludidos por sonho caído, uma bandeira rasgada ou um hino morto. Gritamos com vozes fortes, mas de ideologias fracas.

E se isso te incomoda, se atormenta os sonhos pueris, sinta-se a vontade para ignorar e criar novos. É o que sempre fazemos. A cada nova ideologia, a cada novo pensador, não há mudança significativa ou inovação revolucionária, continuamos os mesmos, nos mesmos lugares, em segundos diferentes. Deja ju existencial. Uma hipocrisia cega e mentirosa, fútil e banal. Agora vá viver sua vida, a nossa vida tosca.

Gustavo Minho

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