Você provavelmente em algum momento de sua vida já deve ter escutado as seguintes expressões:
- Salvo pelo gongo;
- Olha o passarinho;
- Até tu, Brutus?;
- Fazer uma vaquinha;
- Bode expiatório;
- Amigo da onça;
- Segurar Vela;
- Puxa-Saco.
Enfim... a lista de expressões é gigantesca e algumas são até arcaicas , entretanto ainda existem pessoas que as utilizam em seu vocabulário. Sabe-se que as expressões são adquiridas no contato direto com a língua, na socialização dos indivíduos. De acordo com estudos, a partir dos cinco ou seis anos, as crianças começam a usar algumas expressões e, daí em diante, continuarão a enriquecer o seu dicionário mental para até o fim de suas vidas.Sempre existe uma certa curiosidade de saber como surgiram algumas destas expressões , sendo assim confira agora algumas explicações pesquisadas.
Salvo pelo gongo!
Salvo pelo gongo é uma expressão utilizada em uma situação que está prestes a ser concluida quando repentinamente ocorre algo que impeça o fato, geralmente em situações de perigo ou situações constrangedoras. Existem diversas versões para explicar a origem da expressão, e a mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia.
Catalepsia é um distúrbio que impede o doente de se movimentar, e para evitar essas tragédias, as famílias na Europa amarravam uma cordinha no pulso do defunto, e prendiam-na a um sino que ficava do lado de fora do túmulo, se a pessoa não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo. Um pessoa ficava de guarda para ver se o morto ressussitava.
Outra versão é que o termo surgiu em Londres, no século 17, onde um guarda do palácio de Windsor foi acusado de dormir no posto, porém ele alegou que estava tão acordado que tinha ouvido o sino da igreja tocar 13 vezes naquela noite e a expressão em inglês é "save by the bell", ou seja, o guarda foi salvo pelo gongo.

"Olha o Passarinho!!!"
As vezes na hora de tirar uma fotografia, as
pessoas se posicionam, ensaiam um sorriso e lá vem a frase: olha o
passarinho!
No livro O Bode Expiatório,escrito
por um professor
chamado o Ari Riboldi, é relatado que quando foi inventada a máquina fotográfica, no fim do século XIX, o espaço de tempo para fixar a imagem era mais demorado do que hoje. Na época, as pessoas tinham que ficar minutos olhando fixamente, sem se mexer, para a lente do retratista - como era chamado o fotógrafo.
chamado o Ari Riboldi, é relatado que quando foi inventada a máquina fotográfica, no fim do século XIX, o espaço de tempo para fixar a imagem era mais demorado do que hoje. Na época, as pessoas tinham que ficar minutos olhando fixamente, sem se mexer, para a lente do retratista - como era chamado o fotógrafo.
Para reter por mais tempo a atenção das pessoas,
especialmente das crianças, os fotógrafos costumavam colocar uma gaiola com um
passarinho em local acima da máquina e dizer a famosa frase.
Dessa época para as fotos de hoje, nas quais a
imagem é capturada em milésimos de segundo, restou apenas a frase: olha o
passarinho!
Uma pessoa trair a confiança de outra é algo tão antigo que é comum dizer uma frase com mais de 2 mil anos de existência na hora de mostrar surpresa com as atitudes de alguém: "Até tu, Brutus?
A frase remete a uma famosa história da Idade Antiga. No século I A.C., o imperador romano Júlio César foi vítima de uma conspiração de senadores para tirá-lo do cargo. Entre eles estava o seu filho adotivo Marcus Brutus.
O complô resultou no assassinato do imperador a punhaladas pelo grupo de senadores. Na hora da morte, Júlio César reconheceu o filho entre os seus algozes e proferiu a frase. "Até tu, Brutus, filho meu?".

Vamos fazer uma vaquinha?
Quem nunca fez uma vaquinha? Sempre somos chamados
para fazer uma vaquinha, seja para juntar dinheiro a fim de ajudar
alguém, ou para pagar algo entre amigos.
Mas de onde será que surgiu esta curiosa expressão usada em todo o País?
Mas de onde será que surgiu esta curiosa expressão usada em todo o País?
A expressão surgiu de uma prática de premiação, no
futebol, sob o nome de bicho. Em 1923, a torcida do Vasco da Gama, do Rio de
Janeiro, resolveu estimular os atletas de seu time a se dedicarem ao jogo com
maior empenho.Passaram a arrecadar dinheiro e dar como prêmio aos atletas em
valores proporcionais aos resultados alcançados pelo time em campo.O valor
tinha inspiração nos números do jogo do bicho: 5, número do cachorro, equivalia
a 5 mil réis - prêmio por um simples empate; 10, número do coelho, equivalia a
10 mil réis - prêmio por uma vitória comum; 25, número da vaca, correspondia a
25 mil réis - premiação dada somente em grandes vitórias, contra os adversários
mais fortes ou em partidas decisivas.O dinheiro era arrecadado entre os
torcedores, no que veio a ser a famosa "vaquinha".
E o tal do Bode expiatório?

Em muitas situações, sabemos que uma pessoa inocente pode acabar sendo acusada e punida por algo que não fez ou não teve responsabilidade direta. Antes que sua inocência seja provada, as pessoas o repudiam, zombam e insultam sem, nem mesmo, saberem das verdades por detrás dos fatos. Em geral, os desavisados acabam sendo utilizados como “bode expiatório”.
Para saber de onde veio esta expressão é necessário retroceder até as antigas tradições do mundo judaico.
No chamado Dia da Expiação, encontrado no livro bíblico de Levítico, os hebreus organizavam uma série de rituais que pretendiam purificar a sua nação. Para tanto, organizavam um ato religioso que contava com a participação de dois bodes. Em sorteio, um deles era sacrificado junto com um touro e seu sangue marcava as paredes do templo.O outro bode era transformado em “bode expiatório” e, por isso, tinha a função ritual de carregar todos os pecados da comunidade. Nesse instante, um sacerdote levava as mãos até a cabeça do animal inocente para que ele carregasse simbolicamente os pecados da população. Depois disso, era abandonado no deserto para que os males e a influência dos demônios ficassem bem distantes.
Aquele cara ali, é um grande amigo da onça!

Gondim queria um tipo bem carioca, esperto, que sempre leva a melhor sobre os outros. Para compor o tipo físico do personagem, o chargista se inspirou em um garçom muito chato do bar onde esboçava suas piadas, que sempre se aproximava para saber o que ele estava fazendo. Ao descobrir que ele vivia disso, comentou: "Puxa, eu queria ter esse vidão!". O nome do personagem, que acabou virando sinônimo de amigo falso, que vive colocando os outros em situações perigosas ou embaraçosas, foi tirado de uma piada que fazia muito sucesso na época: "Dois caçadores estão conversando:
- O que você faria se estivesse na selva e aparecesse uma onça na sua frente?
- Dava um tiro nela
- E se você não tivesse uma arma de fogo?
- Furava ela com minha peixeira
- E se você não tivesse uma peixeira?
- Pegava qualquer coisa, como um grosso pedaço de pau, para me defender
- E se não encontrasse um pedaço de pau?
- Subia numa árvore
- E se não tivesse nenhuma árvore por perto?
- Saía correndo
- E se suas pernas ficassem paralisadas de medo?
Nisso, o outro perdeu a paciência e explodiu:
- Peraí! Você é meu amigo ou amigo da onça?"
Você já segurou vela?
Quando não existiam as
lâmpadas – que podiam ser alimentadas por óleo de baleia ou gás –, as velas
eram a principal fonte de luz. Por isso, na Idade Média, os iniciantes em todo
tipo de trabalho braçal seguravam velas para que os mais experientes
enxergassem o que faziam. Em teatros e outros lugares que funcionavam à noite,
por exemplo, havia garotos acendedores de vela. Em francês, uma das explicações
da expressão (“tenir la chandelle”) se refere a criados que eram obrigados a
segurar os candeeiros durante as relações sexuais de seus patrões e se manter
virados de costas para não ver o que acontecia. Entre 1500 e 1600, “segurar
vela” passou a significar “ajudar em uma posição subordinada, desconfortável”.
Com o tempo, serviu para designar a amante de um triângulo amoroso, e, mais
recentemente, o amigo solteiro que acompanha um casal.
Meu amigo é um puxa-saco!
A expressão puxa-saco começou a ser usada na gíria militar. Os oficiais não colocavam suas roupas em malas, mas em sacos durante as viagens. Mas quem carregava, obedientemente, a bagagem para cima e para baixo eram os soldados. Puxar esses sacos virou sinônimo de subserviência. E o puxa-saco passou a definir todos que bajulavam superiores ou qualquer outra pessoa.E para quem não sabe, puxa-saco tem até dia, comemorado, informalmente, em 20 de dezembro. É o dia limite para o pagamento da segunda parcela do 13º salário. Dizem que, nessa data, todos os puxa-sacos saem na surdina pelas ruas à procura do presente de Natal dos respectivos chefes.
Os puxa-sacos, também conhecidos como baba-ovos,
são comuns na política, "pois seus cargos dependem da bondade do figurão
detentor do poder." A eles cabe a tarefa apoiar incondicionalmente mesmo
nos momentos de águas turvas.
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